“Elvis Presley tem sido descrito indiscriminadamente como um barítono e um tenor. Um equilíbrio extraordinário - o chamado registro, e uma amplitude vocal muito vasta têm algo a ver com esta divergência de opinião. A voz cobre duas oitavas e uma terceira, que vai desde o tom de barítono grave G (nosso Sol) até ao tom agudo de tenor B (nosso Si), com uma extensão em falsete até, pelo menos, um D plano (o nosso Ré). A melhor oitava de Presley situa-se no meio, de D plano para D plano, concedendo um passo extra completo, quer seja para cima ou para baixo. Chamemos-lhe um barítono alto. Em It’s Now or Never (1960), ele termina com uma cadência vocal completa (A, G, F – ou os nossos Lá, Sol, Fá), que não tem nada a ver com os mecanismos vocais do R&B e do Country. Aquela nota de A (Lá) é atingida mesmo no nariz, e é apresentada de forma menos espantosa apenas pelo número de canções em que ele consegue apresentar de forma muito fácil e precisa notas B plano (Si). Para além de tudo isto, ele não se confinou apenas a um tipo de produção vocal. Em baladas e canções de country, ele canta em tom de G (Sol) e A (Lá) de voz cheia, que faz qualquer barítono de ópera ficar verde de inveja. Também é um estilista naturalmente assimilitivo, com uma multiplicidade de vozes – de facto, Elvis é uma voz extraordinária de muitas vozes.”
(Henry Pleasants, retirado do seu livro, “Os Grande Cantores Populares Americanos”, 1974).
O artigo original (neste link, em inglês), inclui o vídeo abaixo com exemplos da amplitude vocal de Elvis Presley. Também inclui listagem de canções com as diferentes tonalidades e registros vocais que Elvis conseguia alcançar.
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