7 de dezembro de 1956 - Elvis compareceu ao evento beneficente anual da estação de rádio negra WDIA — normalmente segregado — em favor de crianças negras carentes, realizado no Ellis Auditorium, em Memphis. Já em junho do mesmo ano, o jornal The Memphis World noticiou que “o fenômeno do rock ’n’ roll rompeu as leis de segregação de Memphis” ao frequentar o parque de diversões do Memphis Fairgrounds durante o que era designado como “noite dos negros”.
Nessa noite de dezembro, Elvis dividiu o palco com alguns de seus próprios heróis musicais — Ray Charles, B.B. King e Rufus Thomas — tornando-a uma noite histórica de música diversificada.
Em Memphis, ele não era apenas uma estrela em ascensão; foi acolhido como um campeão pela comunidade negra, e seu público era muito mais diverso do que a história frequentemente sugere.
Mesmo que seu contrato (com a RCA) o impedisse de se apresentar oficialmente no evento beneficente da WDIA, sua breve aparição ainda levou a multidão ao delírio. Como relatou o The Pittsburgh Courier:
“Mil garotas adolescentes negras, morenas e pardas uniram suas vozes em um único e selvagem crescendo que sacudiu as vigas do teto… e partiram em disparada como gatos escaldados na direção de Elvis Presley”.
Toda essa excitação — apenas por Elvis surgir de trás da cortina.
Quando Elvis retornou ao evento da WDIA no ano seguinte, em 6 de dezembro de 1957, uma foto elegante dele conversando com Little Junior Parker e Bobby “Blue” Bland apareceu no jornal Memphis Press-Scimitar. A reportagem que acompanhava a imagem tornava inconfundível a admiração de Elvis. Refletindo sobre o show — e sobre a resposta elétrica da plateia — Elvis simplesmente disse: “Era a algo real. Direto do coração.”

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